Diante das vagas do mar, sinto uma embriaguez de felicidade me invadir a alma.
Ao mesmo tempo, livre e receosa por conquistar tal liberdade, não sei o que fazer com ela.
Durante a vida inteira, minha âncora esteve acorrentada e segura ao porto.
Meu barco navega solitário durante a viagem. Só existe o marulhar das ondas lá fora.
Aqui dentro, tudo é silêncio.
O meu grito surdo e branco se cala na minha garganta.
É grande a opressão das vagas do mar contra minha frágil embarcação.
Como suportar a violência dos afagos do mar, que tão ansioso está por me tragar e me levar à destruição?