domingo, 20 de julho de 2008

Casa vazia

As janelas observam atentamente o pouco movimento nas ruas.
O sol entra, sem pressa, por entre suas frestas e enche de calor a sala sem vida.
As portas estão trancadas e apenas as cortinas, entreabertas.
A casa está vazia.

Tudo ali tinha um ar de abandono.
À noite essa impressão era mais acentuada,
E o silêncio reinava por seus cômodos.
Um silêncio que gritava.
Tão nítido e palpável.

Ninguém mais habita esse lugar.
Só restam as lembranças por seus cômodos, resquícios de antigos moradores.
A casa está para ser vendida.
Será que alguém irá querer morar nela novamente?

2 comentários:

Unknown disse...

Senti esse poema como a perda da casa que nasci e morei e tivemos que vender; voce consegue transmitir como um espelho a sensação de estar dentro daquela casa, de estar dentro daquele sentimento de desamparo e desilusão;
Parabéns.

Unknown disse...

Me causa inveja o seu poder descritivo... não pelos detalhes visíveis, os quais são sem importância diante da real impressão do que é a casa vazia!!